Lá no fundo do oceano do coração mora um lugar que nem as águas podem atingir, nem os ventos, nem os tempos, nem o medo, nem a valentia, nem coragem, nem covardia. Lá mora um lugar inabitável por coisa alguma a não ser por mim mesmo. Lá mora uma ausência minha, mora eu mesmo. Presente na ausência que me habita. Nem um sorriso pode completar, nem abraço pode envolver, nem um beijo pode encantar... Eterna ausência, sentimento eterno, saudade da eternidade, saudades de mim.
Alguns chegarão bem perto do fim de suas vidas e descobrirão que o "fim" que procuravam era a própria vida, pois, a vida é o fim para o qual concorrem todas as coisas.
segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
AUSÊNCIA
Lá no fundo do oceano do coração mora um lugar que nem as águas podem atingir, nem os ventos, nem os tempos, nem o medo, nem a valentia, nem coragem, nem covardia. Lá mora um lugar inabitável por coisa alguma a não ser por mim mesmo. Lá mora uma ausência minha, mora eu mesmo. Presente na ausência que me habita. Nem um sorriso pode completar, nem abraço pode envolver, nem um beijo pode encantar... Eterna ausência, sentimento eterno, saudade da eternidade, saudades de mim.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
FILHOS DA RELIGIÃO
Sim... O que se tem formado na igreja evangélica, ou mesmo, nas "religiões das aparências" é isso, gente morta com a aparência de que estão vivas, "filhos da religião", da presunção de estarem por sí mesmos fazendo o caminho em reconciliação com o pai baseando-se em "performances" morais do tipo "não toco, não provo, não manuseio", coisas, que como Paulo diz, tem "aparência" de sabedoria mas é falsa humildade, possui severidade para com o corpo mas não tem poder nenhum para refrear os impulsos da carne. Leia você mesmo se não crê no que digo:
(Colossenses 2) 20 Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: 21 Não toques, não proves, não manuseies? 22 As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens; 23 As quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum senão para a satisfação da carne.
"Filhos da religião" são esses que dizem por sí mesmo produzirem Vida que é um prerrogativa divina e não humana, dizendo-se por sí mesmo serem da Verdade, mas a verdade é que esses adoram com os lábios, como disse Cristo, mas seus corações estão longe Dele. Esses se baseiam em "performances" como já disse, são só comportametalismo, mudam de atitudes, mudam de costumes, não fazem mais isso, não fazem mais aquilo, não tocam aquilo outro, mas seus corações estão cheio de morte. Os "filhos da religião" são filhos da repressão dos desejos e impulsos da carne, mas não são filhos da tranformação que acontece no coração. Produzem em sí mesmos o "rótulo" do ser transformado, mas estão cheios de imudícia. Esses, agradecem a Deus por não ser como os outros que são pecadores; esses querem saber porque Cristo se assenta na roda dos escarnecedores e come e bebe (bebida alcóolica) com eles; esses querem saber porque Cristo comunga com pecadores; esses se reconciliam com a arrogância e soberba humana não com Deus, pois, a recociliação com Deus se faz no caminho do coração em sã consciência de que fui por Ele reconciliado com Ele mesmo e que não tenho caminhos para construir seja como boas obras, ou boas atitudes, ou seja lá o que for; não tenho Vida pra manufaturar e dizer que Eu encontrei a vida, pois, não fui eu quem O escolhi mas Ele me escolheu; não digo Eu achei a Verdade, pois, fui por Ela achado e nisso me glorio, pois, de fato assim tenho a consciência de que "Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas". Sim, a "Salvação" do espírito que está morto em seus delitos e pecados é Dele; a "Transformação" do ser vem Dele. E tais coisas não tem nada a ver com "comportamentos", com a hipocrisia das "performances", pois, quem Nele está come, bebe e faz o que faz para glória Dele. O chão do Evangelho é muito mais profundo do que mero "superficialismo" de se dizer que foi transformado por Cristo porque não bebe, não fuma, não isso, não aquilo outro. O que nos faz diferente do mundo é o Amor, não essas coisas comportamentais. Sim. O Amor é que faz a diferença, é o que salga a terra e traz luz para o mundo, para que vejam através desse poder, que é o Amor e não o comportamentalismo, que Cristo de fato se manifestou. Esse é o Evangelho. Se for dito outra coisa que seja amaldiçoado o seu mensageiro, que seja um anjo ou apóstolo ou quem quer que seja que pregue outro "evangelho" que seja anátema. Pois o Evangelho é esse: Deus estava em Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo, Ele está em Paz com todos.
Mas o que acontece é que esse espírito dos "filhos da religião" é forte. Como diz um amigo, "há público para essa ameaça". Eles querem porque querem dizer "Nós TEMOS o caminho, nós POSSUÍMOS a verdade, nós OBTEMOS O CAMINHO PARA A VIDA", e por aí vai. O "Nós" entre esses é o forte, é a arrogância, é a petulância e presunção da "árvore do conhecimento do bem e do mal". O que impressiona é a fraquesa e pobreza de espírito em que vivem, pois, são belos por fora, isso pra quem também tem olhos ruins para ver, pois, quem tem bom gosto nem chega a se impressionar com tal "beleza", mas, por dentro, são feios como a morte. Esses mantém o aparência, não se envolvem com os dito "impuros", isso porque não estão de acordo com o pacote comportamental que pregam e vivem, por isso são chamados "impuros"; não aceitam "estranhos" no meio deles; não se misturam; são a "elite" aristocrática da petulância; são a "classe alta" da santarrice-superficializada em contrapartida da "ralé" estigmatizada como "os impuros"; Deus não faz acepção de pessoas, os "filhos da religião" sim. Dizem "nós somos e eles não", "nós sabemos e eles não", "nós encontramos e eles não". Quem são os "Nós"? Quem são "Eles"? Sim. A diferença se mede pelo comportamento e pela performance assumida. Nada mais do que isso. Essa é a linha que faz a divisão. No entanto, continua-se a viver em inveja, contendas, facções, abusos, mentiras, jactâncias, desonestidade, arrogância, soberba, idolatria do "EU", avareza, e todo tipo de produção da "carne". Isso os "filhos da religião" não enxergam porque são coisas que não podem ser tratados com batons, nem com pós para a face do cara-de-pau, nem com roupinhas que vestem e escondem a vergonha, nem com jóias que mascaram a falta de entendimento, enfim, não enxergam porque precisam olhar para dentro para ver o "diabo" que os habita, isso os "filhos da religião" não querem ver. Querem apenas o espetáculo do circo, mas não querem se confrontarem diante do espelho e encarar a verdade perante o ser.
"Filhos da religião", deixem suas máscaras, mostrem as suas caras para que vejam quem vocês de fato são, do que são feitos. Pois o que é bom é mostrado à luz do dia, no entanto, se o que vocês fazem é mau, até dizê-lo é vergonhoso. Apareçam e mostrem seus rostos sem máscaras para serem curados de sí mesmos. Daí, Cristo dizer o que disse em Mateus 25.
O Evagelho não é isso. Não é performances, nem comportamentalismos. Não, de fato, não. O Evangelho é Espírito e Vida para o dia chamado "Hoje" enquanto se pode ter um pouco de paz e esperança no chão da existência. O Evagelho é saúde e para os ossos e vida para o coração. É O2 para os pulmões do ser. O Evagelho sim é Caminho, Verdade e Vida. É apaziguamento para o coração. É descanso e alívio de todas essas cargas de se manter a aparência para ser aceito em determinado grupo de supostos "fiéis". Sim, porque para ser Evangélico é preciso não ser "evangélico". É preciso desistir ou des-insistir de toda a arrogância de ser, de todo "orgulho espiritual". O Espírito de Cristo não é assim. Ele serve a todo o momento, tem os braços abertos para a inclusão, não diz "quem é" e "quem não é", não julga pela aparência nem se comove com tais coisas, nem comunga com tal hipocrisia. Conhecer o Amor de Cristo é a salvação de toda a existência de qualquer ser-humano, ou pelo menos dos que desejam ser humanos.
Sim. Há um ministéiro para o qual todos nós fomos chamados, a saber: A misericórdia. Arrependam e busquem saber o que é isso.
Nele, que diz: Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício. Porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento. Mateus 9:13 Mas, se vós soubésseis o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício, não condenaríeis os inocentes. Mateus 12:7.
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
ALMA BURRA
terça-feira, 27 de novembro de 2007
ESPERANDO? O QUE?
Ei! Porque esperas encontrar no horizonte o infinito universo interior?
Porque esperas achar nos olhos da pessoa amada a beleza que há dentro de ti mesmo?
Porque esperas alcançar lugares-existencialmente-geográficos onde encontrarás felicidade?
Porque buscas fora o que só poderá ser encontrado dentro?
Não. Não caminho pela vida porque encontrei nela um motivo para caminhar, mas achei em mim um novo caminho e por ele caminho por onde for sem sair do lugar. Não olho para as belas montanhas e vales, flôres e árvores, terra e mares buscando neles uma essência que me traga vida, mas sobre eles lanço a vida que há nos olhos do meu coração não esperando encontrar neles o que já não há dentro de mim. Vou sem saber para onde, porque "onde" não importa, importa apenas que eu vá, pois, não há lugar ou lugares de e onde poderei dizer "cheguei ao meu destino!", de fato não. Não há destinos, há apenas o caminho da vida e na vida, isso, porque a vida se fez eterna e "destinos" são lugares onde a vida deveria terminar. Vivo em eternidade os pequenos momentos que me são dados por Deus, momentos sem fins e sem fim, sem destinos e sem lugares fixos, apenas caminho o caminho que é a vida mesmo, e como diria Drummond, "a vida apenas, sem mistificações".
Sim. Sou humano, portanto, não sou perfeito embora busque a perfeição como alguém que conscientemente sabe que nunca se chegará à sua plenitude. Tenho, por vezes, recaídas de um humano qualquer "caído". Me pego perguntando "qual o sentido da vida?", ou, "onde tudo isso vai dar?", mesmo com a consciência de que a vida não tem outro sentido que não ela mesma, e lugares onde se chegar não existem senão o lugar do próprio coração. Penso que ninguém deveria se perguntar coisas do tipo "quando serei feliz?", porque o "quando" se refere a um "lugar" estabelecido a partir de um determinado momento ou acontecimento. Não passam de projeções impostas a sí mesmo com o intuito de se auto-enganar achando que será "feliz" a partir de algo: Uma conquista, um graduação, um bem adquirido; enfim, como tenho dito, não há razões de buscar fora o que só poderá ser encontrado do lado de dentro. Nenhuma dessas coisas tornam o ser "feliz", por isso disse que ninguém deveria se perguntar "quando serei feliz?", porque a "felicidade" está mais próxima do que se imagina: A Paz interior!
Sim. Vivo em Paz com minhas angústias e alegrias, com minhas imperfeições, com meus erros e acertos, com as estações da vida, com minhas dores e prazeres, com minhas derrotas e conquistas. Vivo feliz não pela felicidade em sí, mas por estar em Paz com todas essas coisas, pois, o que produz a "felicidade" não é a própria felicidade, mas a Paz que habita o interior, "ser feliz" é apenas uma consequência!
Todas essas buscas e aflições tem a ver com o "Amanhã", mas o único dia que há é o "Hoje", pois, o "Amanhã" nunca existiu e nunca existirá para que o "Hoje" aconteça sempre.
Nele, em quem tenho Paz independente de qualquer felicidade ou angústia.
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
UMA CENA EM UM MINUTO
terça-feira, 20 de novembro de 2007
SOBRE PÁSSAROS
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
... PAIXÃO
Paixão! Seja sempre, eterna e sempre!
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
PROCURA-SE UM AMIGO QUE TENHA BONS OLHOS!
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
O JUSTO VIVERÁ PELA FÉ
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
O ETERNO HOJE
- Mamãe! O Sol vai voltar amanhã? - pergunta o garotinho pouco antes de dormir.
- Vai sim meu filho! - respondeu a mãe sem muito interesse.
- Mas, e se não voltar mamãe? Vai ser noite para sempre? E o Sol? Ele vai pra onde?
- Filho - exclamou a mãe - Porque você está preocupado com o Sol? Porque você quer saber se vai ter manhã de novo?
- Ah! Quero brincar o dia inteiro de novo. Também, quero tomar sorvete com meus amigos! Mas, se o Sol não voltar...!
- Filho! Você brincou o dia inteiro hoje, e tenho certeza que enquanto brincava não se preocupava com o amanhã. Não foi bom? - perguntou a mãe do garoto.
- Foi sim!- disse o garoto com uma certeza simples nos olhos - mas eu queria brincar mais!
- Filho! O amanhã não importa e sim o "Eterno Hoje"!
- Como assim mamãe, nunca ouvi falar desse "Eterno Hoje"!
- Sim meu filho. O "Eterno Hoje" é esse momento agora que acontece para sempre, porque para sempre só haverá esse momento agora!
O garoto parou, pensou, e como toda criança, perguntou:
- Mas mãe! Como só há esse momento agora se antes ele não existia e amanhã ele não existirá? - perguntou com muita curiosidade o garoto.
- Isso mesmo meu filho! O "antes" são os momentos que se passaram e não existirão mais, são momentos que se foram como fumaça, apenas ficarão na memória e só lá terão vida se assim você quiser fazê-los renascer em formas de sentimentos e percepções. O "amanhã" são os momentos que não acontecerão nunca, porque o "amanhã" nunca existirá para que o "Hoje" seja Eterno. Se houvesse "amanhã" todos nós deixaríamos de existir, pois, somos seres do "Eterno Hoje", desse momento "agora".
- Mas mamãe...! - exclamou e calou-se o garotinho sem entender muito do que sua mãe o dissera.
- Meu filho! O que você quer fazer agora?
O garotinho nem precisou de pensar muito para responder, pois, estava com muito sono.
- Quero dormir, estou com sono!
- Você não quer brincar agora? Não quer sair pra tomar um sorvete?... - perguntava a mãe.
O garoto dizia "não" à cada pergunta.
- Então, apenas durma, afinal, não é isso que você quer agora?
- Sim - repondeu o garoto com uma certeza quase sonâmbula.
- Então! O "agora" é o que chamo de "Eterno Hoje", e o que você no fundo, no fundo quer, não é saber sobre o "amanhã", nem sobre o Sol. Você quer apenas dormir e não deixar que o "amanhã" lhe tire o sono.
- Sim mamãe!
- Durma em paz, meu garoto!
E a mãe se despediu com um beijo que lhe veio como um desejo do "agora".
terça-feira, 6 de novembro de 2007
... E O FIM DA VIDA SERÁ ELA MESMA
Apenas creia e caminhe!
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
SOBRE A SANTIDADE!
Santo é o pecador que se vê como tal e do alto pede apenas a misericórdia divina sobre ele confessando com as verdades do coração que de fato ele é pecador para sempre e que não há solução para a sua própria condenação senão a Cruz de Cristo que livra o ser de toda a culpa, pois, de fato, na Cruz, Cristo reconciliou o homem a Deus, e estabeleceu a Paz para todo o sempre, livrando-o da condenação para sempre, pois, como Ele mesmo disse "Está consumado", acabou, a obra da salvação está feita: Está consumado!
Talvez deveria aqui terminar o assunto, mas proponho-me a falar sobre o que foi inventado como "ser santo" no meio religioso cristão. "Santidade", esse termo que se tornou emblema de medo e pânico, pois, sem a qual ninguém verá a Deus.
Nessa frase (sem a qual ninguém verá a Deus) se estabelece tudo contra o que Deus estabeleceu em Cristo na Cruz. Em Cristo Deus estabelece a Paz, nos templos, onde se diz habitar Deus, estabelece-se o medo; em Cristo Deus estabelece a reconciliação de todo o homem a Deus, nos templos cristãos se estabelece a separação por causa do pecado que nos habita; em Cristo Deus estabelece a vida eterna, nos templos evangélicos se estabelece o pânico por medo do inferno e da morte eterna; em Cristo Deus se revela em Graça e Verdade, nos cultos se revela um "cristo" que é condenador harbitrário e que estabelece um tipo de vida semelhantemente militar, regras, regras, regras e mais regras, e quem não se bancar vai pro lago de fogo.
"...Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados..."( 2 Coríntios 5:19), isso, não se faz ouvir, sendo ironicamente essa a Boa Nova do Evangelho, e sem essa verdade não há Verdade, nem Caminho e muito menos Vida. Há somente a ressurreição daquilo pelo qual Cristo se entregou e destruíu: a morte, o medo, o inferno e a condenação eterna. É justamente por isso que o apóstolo Paulo diz que todos os que por sí mesmos tentam se justificar diante de Deus caíram da Graça, e separados estão de Cristo, pois, foi justamente isso que Cristo veio fazer, justificar o homem perante o Pai, sendo que, se o indivíduo se auto-justifica não é necessário Cristo, por isso Paulo diz "Não faço nula a graça de Deus; porque, se a justiça vem mediante a lei, logo Cristo morreu em vão".
Ser "santo" nada tem a ver com o pacote comportamental que ditam para que seja cumprido com a premissa de que quem cumpre é "justo", quem não cumpre é "pecador". Isso é uma mentira descarada e sem vínculo nenhum com o Evangelho. Aliás, quando foi que Cristo assumiu em sí mesmo um desses pacotes criados pelos homens? Essas coisas do tipo "não toques, não proves, não manuseies"? Aliás, a pergunta é: "Se morrestes com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos sujeitais ainda a ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: não toques, não proves, não manuseies (as quais coisas todas hão de perecer pelo uso), segundo os preceitos e doutrinas dos homens? As quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria em culto voluntário, humildade fingida, e severidade para com o corpo, mas não têm valor algum no combate contra a satisfação da carne"(Cl. 2: 20-23). Quem está morto já não vive para tais coisas, pois, de fato, está morto, mesmo. Todas essas coisas ficaram para trás, esquecidas no "nunca mais", já não existe, não tem valor algum. Sim, a religião que se baseia em pacotes comportamentais produz somente domínio das ações humanas através da repressão de sentidos e desejos. Produz o "adestramento" do ser, o clone segundo as regras e ditos e leis, mas nada pode transformar, posto que a Lei e as regras não tem vida em sí mesmo e por isso não pode doá-la a ninguém. Todos os que tentam se bancar diante de Deus por meio do orgulho promovido pelo cumprimento de seja qual lei for, saiba, cale-se diante Dele, pois, não há nenhum indivíduo sequer que possa abrir sua boca diante Dele e dizer "eu mereço", "eu cumpri", "eu sou Justo", pois, é assim que também se diz: Cristo é desnecessário. Não, não há ninguém que entenda, não há ninguém que busque a Deus. Por isso Cristo disse: "Não fostes vós que escolhestes a mim, mas eu vos escolhi a vós outros..." Essa é a Verdade para a vida, não o encontramos mas fomos por Ele encontrados; não produzimos nossa própria justiça mas fomos pela morte Dele justificados para sempre; não somos santos por meio de nenhum comportamentalismo adotado mediante o que quer que seja, que lei que seja, mas Nele somos feitos Santos e livre de qualquer acusação, portanto, "já não há mais condenação para os que estão em Cristo", pois, foi justamente para que a condenação fosse destruída que Ele morreu oferecendo-se a sí mesmo como paga pelo pecado da humanidade, assim, satisfazendo em sí mesmo a Justiça de Deus revelada na Lei e no coração humano.
Assim, a justiça não vem da obediência à lei mas é mediante a fé naquele que foi Justo e que em sua morte-Cruz justificou a pecadores.
Ser "santo" é crer-se Nele justificado para sempre e viver em Paz com a certeza de que Ele de fato foi suficiente, e quanto ao que Ele fez nada há que possa ser acrescentado: Está Consumado! Acabou! Está feito!
Creia apenas e viva!
"Porque não foi pela lei que veio a Abraão, ou à sua descendência, a promessa de que havia de ser herdeiro do mundo, mas pela justiça da fé. Pois, se os que são da lei são herdeiros, logo a fé é vã e a promessa é anulada. Porque a lei opera a ira; mas onde não há lei também não há transgressão. Porquanto procede da fé o ser herdeiro, para que seja segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda a descendência, não somente à que é da lei, mas também à que é da fé que teve Abraão, o qual é pai de todos nós". (Rm 4: 13-16)
"Não faço nula a graça de Deus; porque, se a justiça vem mediante a lei, logo Cristo morreu em vão". (Gl 2: 21)
A condenação é justificar-se a sí mesmo, pois, assim "separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça decaístes" (Gl 5: 4).
Nele, em quem estou livre de toda a condenação, apenas creio e caminho, em Paz para sempre, Amém!
CONSELHOS...
Ricardo Gondim resolveu dizer que se fosse mais velho daria muitos, e muitos conselhos, no entanto não esperou chegar até lá: ..."Eu deveria esperar para dizer essas coisas quando estivesse mais velho. Por impetuosidade acabei dizendo antes do tempo. Contudo, acredito que não me arrependerei de tê-las dito agora". Que bom meu mano em Espírito que você não esperou até lá. Suas palavras são medicina para a alma.
Enfim, se eu, também, fosse mais velho...
... Diria aos jovens que não buscassem entender a vida, mas que apenas buscassem descanso e Paz para as suas almas. Diria que muitos chegarão bem perto do fim de suas vidas e descobrirão que o "fim" que procuravam era a própria vida, pois, a vida é o fim para o qual concorre todas as coisas.
... Aconselharia que buscassem a transformação da consciência. Recomendaria que perscrutassem suas próprias almas para que vissem o que não lhes é próprio, mas o que lhes foram imputados como cultura social ou familiar, religiosidade, enfim, influências diversas. Afirmaria que muitas das coisas que achamos que fazemos por nós mesmos, na verdade são ações e feitos condicionados às influências que estamos submetidos. Recomendaria que cada um cuidasse do próprio coração segundo e seguindo o Espírito de Cristo.
... Diria que discussões sobre Deus de nada valem, pois, Deus não é um discurso, ou uma tese, ou uma afirmação a ser feita. "Deus" pode ser apenas uma desculpa para se auto-afirmar diante dos outros, ou para se passar por mais "espiritual", ou "sábio". Diria que "verdade é que alguns pregam a Cristo até por inveja e contenda". Sim, falam de "Deus" mas não o conhecem nem procedem como Ele. Afirmaria que, na maioria das vezes, essas discussões são sobre "deuses",ou "d-EU-ses", não há nelas a Verdade em Amor do Espírito, que produz o contentamento e Alegria. Recomendaria que procurassem conhecer o Amor do Pai revelado em Cristo, pois, esse é o segredo de todas as coisas: "Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados". Sim, em se conhecendo o Amor do Pai então discerniremos o que de fato é Amor, pois, Amor Ele É, e só assim se pode amar como Ele nos amou. Portanto, só conhecendo o quanto Ele nos amou primeiro é que então passaremos a seguir o caminho da vida nesse mesmo Amor e Vida.
... Diria aos jovens que não se preocupassem com o amanhã, mas que confiassem em Deus. Afirmaria que o "amanhã" só existe para quem se preocupa com ele no dia chamado "Hoje", e que bem nenhum traz ao coração tal ocupação da mente, posto que sobrecarrega produzindo no coração ansiedades e aflições de espírito. Deixe que o "amanhã" traga suas próprias preocupações quando vier a ser "hoje". Recomendaria que vivessem o presente, pois, na verdade, o presente é só o que há para viver mesmo. Perguntaria, no Espírito de Cristo: ... "Qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado à sua estatura?" Portanto, cuide do do coração no dia chamado "Hoje", pois nele acontece a vida e o chamado de Deus, e nele é que se encontra descanso para a alma.
... Diria que a vida é uma só em sua complexidade. Não há dicotomias, ou tricotomias no chão da existência. Há apenas a vida mesmo, como diz Drummond, "sem mistificações". Recomendaria que fizessem uma análise em paralelo à vida de Cristo e que procurassem Nele os momentos em que Ele foi "espiritual" e "carnal"; o momento em que Ele estava na presença de Deus e os que não estava; em que momento ele era santo e em qual ele não o era?; em que momento ele não viveu em adoração a Deus?; Cristo é espiritual quando ora e quando come; adora quando dá sermões e quando bebe vinho. Nele somos espirituais quando comemos, bebemos, ou ouvimos uma boa música que fala seja lá do que for, do amor, da desilusão, da dor, da alegria, enfim, Nele somos o que somos: Seres espirituais sem dicotomias esquizofrênicas.
... Diria aos jovens que a vida não se resume ao "amor" da vida, ao "sonho" ou "realização". Nenhuma dessas coisas após serem conquistadas poderá se instituir como "início da felicidade". Recomendaria que apaziguassem os seus corações no leito do Evangelho, e que Nele fossem felizes para sempre, em Paz com Deus e consigo mesmo.
Bom! Deveria ter feito como Gondim, esperado a minha velhice para dizer tais coisas, mas, também, como ele creio que não me arrependerei de tê-las dito.
Nele, que é Vida para a vida Hoje.
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
FRUTOS FORA DO TEMPO
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
E O FOGO ETERNO?
Há várias menções ao "fogo eterno" nos textos bíblicos. Há vasto material teológico e filosófico sobre o "inferno", a "condenação eterna", enfim, a "morte eterna", isso na tentativa de discernir quem serão os bodes e quem serão as ovelhas; quem serão os "apartados" de Cristo e quem não os serão; quem experimentará a segunda morte e quem não a experimentará. E por aí vão as questões que acabam por ser uma única: Quem será salvo e quem será condenado? Essa é a questão.
Como disse, há várias sitações de textos referentes à condenação eterna e a salvação eterna, mas não os citarei aqui por pensar não haver necessidade de tal. A questão não deveria ser "quem será... quem não será?", mas, o que tais palavras ditas por Cristo, acerca da morte e vida eterna, significou para Ele? Como Ele encarnou o próprio Verbo que de sua boca procedia?
Ele não condena aos pecadores, mas muito pelo contrário diz que foi para eles que Ele veio, afinal, são os doentes que precisam de médico, e Ele veio chamar injustos e não justos. Justos não precisam de um Salvador, eles por sí mesmo produzem a petulância da própria salvação; não precisam de um redentor, pois, vivem da presunção de estarem por sí mesmos redimidos pelo derramar do seu próprio sangue-esforço.
Cristo não condena a "mulher pecadora", condenar é coisa de fariseu, Cristo apenas diz "vá em paz"; Cristo não apanha pedras para condenar a mulher pêga em flagrante de adultério, isso é coisa de sacerdotes e fariseus e mestres da lei, enfim, é coisa de quem bate no peito e dá graças a Deus por não ser como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, mas, Cristo, diz "EU NÃO TE CONDENO". Cristo chama os próprios fariseus de "filhos do inferno" e ainda diz que eles tem um dom desgraçado de fazer seus discípulos ser duas vezes mais filhos do inferno do que eles mesmos (e não se enganem, os fariseus não são senão, nos dias de hoje, os cristãos em geral), mas é pelos próprios fariseus que Jesus ora ao Pai dizendo para que os perdoem pois não sabiam o que faziam.
Aliás, na Cruz, era Deus dizendo ao mundo "eu os estou reconciliando ao Pai, todos vós, pecadores, adulteros, roubadores, idólatras, beberrões, soberbos, egoístas, invejosos, meldizentes, traiçoeiros, falsos, religiosos, cegos de entendimento, surdos de coração... todos vós estão reconciliados ao Pai, apenas creiam e caminhem". Portanto, perguntar quem irá para o inferno e quem irá para o céu é coisa de quem não creu que a Cruz é maior do que a transgressão de Adão, que a Graça é imensuravelmente maior do que o pecado, e que Deus é Deus. Diante Dele apenas digo "tenha misericórdia de mim que sou pecador", isso apenas, sabendo que a misericórdia Dele já está sobre mim desde sempre, antes mesmo da fundação do mundo, pois o Cordeiro foi morto antes da fundação do mundo, e antes que houvesse "luz" houve "Cruz", e a salvação é mais antiga do que a existência.
Em Cristo o mundo está condenado à vida eterna, todos, quem faz acepção de pessoas e juízos morais são os religiosos, não Cristo.
Nele, em quem o fogo eterno foi apagado pelo poder do Amor do Pai revelado em seu Filho na Cruz, e Isso, excede todo o entendimento.
Abraço caro amigo
SAIBAM...
Se vocês ouvirem por aí que estou desviado, por favor, não acreditem. Quem está desviado só está por ainda possuir um vínculo com a via anterior. Não me intitulem assim, não tenho ligação nenhuma com aquilo o qual um dia pensei ter.
Se dizem por aí que agora sou do mundo, acreditem, nunca tive a pretensão de não ser, aliás, isso é coisa de alien, ser de outro mundo, eu só tenho esse o qual eu vivo mesmo.
Se dizem por aí que estou enganado, digo que não. Enganado estava quando me achava por mim mesmo estar no caminho. Hoje só sei estar no Caminho pela Paz que agora habita em mim, de saber que nada vem de mim, mas Dele, apenas creio e caminho.
Se alguém disser por aí que "nos últimos dias surgiriam falsos profetas" fazendo referência a mim, digo que desde muito os falsos profetas já estão na terra, desde sempre negando a Cruz com suas presunções e idiotices; com suas religiões e petulâncias; com suas auto-justiças e falta de amor; com seus "jesuses" e seus "deuses". E esses só vestem peles de cordeiro por estar no meio deles.
Se disserem por aí que não sou mais crente, acreditem, não faço questão de que assim me chamem, pelo contrário, chamem-me de apóstata, mas não me chamem de "crente". Não caminho segundo tal espírito.
Se ouvirem dizer que estou entrando pela porta larga, saiba, que estou em um caminho larguíssimo, onde não sei "qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade". A única coisa que sei-saboreando é que nem a morte, nem os mortos, nem a vida, nem os que presunçosamente dizem por sí mesmos estar vivos, nem coisa alguma que seja "coisa" ou qualquer outra "Coisa", poderá me separar do Amor de Deus que está em Cristo, o qual é meu Senhor e Salvador, não da boca pra fora, mas isso escrito está nas entranhas do meu ser.
Se dizem por aí que estou vivendo uma vida que não "é de Deus", saibam, não tenho outra vida pra viver senão apenas a que Dele vem, pois Nele eu existo, me movo e vivo. Sorrio e me angustio Nele; me alegro e me entristeço Nele; provo das estações da vida sejam quais forem, Nele; peco e sou santificado Nele. Não tenho em quem ser senão Nele.
Se dizem que estão surpreendidos comigo, digo que não, apenas me vêem fora dos seus padrões morais-religiosos, nada além disso. "Desviar" signigica apenas isso, assim como se "converter" também. São só performances.
Não tenho performances para assumir. Não tenho pretensão de subir degraus denominacionais. Não tenho a pretensão de ser um "super-ungido". Não tenho a pretensão de buscar de Deus "poder" para me destacar entre os supostos "somente-membros". Não, de fato, não. "Poder" apenas busco o do perdão, o do amor, o da bondade, da compreensão e da misericórdia. Não tenho senão a minha fé, essa dada por Deus, de que Nele sou o que sou, não tenho nenhuma pretensão de ser outra coisa que não eu mesmo,
Enquanto isso faço ouvir a Boa Nova: Em Cristo o mundo está reconciliado com Deus, e Deus está em Paz com todos.
Nele.
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
QUANDO SE TEM TUDO E SÓ LHE FALTA A VIDA
- Amigos? - interrogou o pai - Esses garotos não são amigos, são gente má, são garotos maltrapilhos, falam palavrão, riem alto, não tem educação...
- Mas pai... Eu consegui o bambú, o plástico e a linha...
- Mas o que? Você podia fazer outra coisa, empinar pipa é perigoso, e fazer uma causa uma sujeira só no quintal de casa! Porque você não vai jogar vídeo-game? Porque não vai brincar com seus outros brinquedos? Tem que ser logo "pipa"?
- Mas pai...!?
- Não... Vai fazer outra coisa - disse o pai já saindo sem querer ouvir mais nada.
O garoto tinha o sonho que era seu. Tinha também condição de realizar seu sonho, afinal, esse ele mesmo adquiriu. O vento estava à sua espera lá fora... O dia estava sorrindo com um Sol radiante sem nenhuma sombra de chuva... Seus amigos estavam lá, felizes, sorrindo, se divertindo, se deliciando com a vida e sua simplicidade, alguns deles nem tinham o que o garoto tinha, mas estavam lá, felizes em viver, em estar lá fora, na vida. O garoto tinha tudo, só lhe faltava a Vida.
Assim tem sido a religião. Castradora dos sonhos, amestradora dos desejos, a própria negação da vida. Ela cria seus quintais para manter os "seus" lá dentro, negando a vida lá fora, mesmo que se tenha tudo para a vida, e ainda se diz "pastor" ou "pai-stor" os que isso fazem.
"Lá dentro" é o lugar da prisão e da falsa segurança. É o lugar onde se tenta livrar dos "perigos" lá fora, da "sujeira" que poderia causar se as pessoas começassem a querer ter sonhos demais. É o lugar onde se diz ter vida de verdade, ter sonhos de verdade, pessoas de verdade, músicas de verdade, diversão de verdade... Mas lá dentro só há pavor da vida, que acontece livre lá fora e está posta como banquete para quem quer se deliciar nela. A religião faz com que o "Lá dentro" adentre o ser de modo que dentro do ser passa a ser seu lugar de hospedagem, e o "Lá dentro" já fica enraizado na alma do indivíduo que um dia teve sonhos mas agora não os tem mais; que um dia teve vontade de sair para a vida e agora não os tem mais; que um dia teve a vontade de sair para a simplicidade da vida mas hoje não a tem mais.
E o pior de tudo é que o ser já amestrado e castrado vive como quem, alienamente, está feliz. Já não tem desejos, nem vontades próprias, não tem sonhos, não tem vida nem vontade de viver, pois pensa estar por sí mesmo vivendo o paraíso dentro das paredes que lhe foram imputadas, sem enxergar que seus membros, os quais Deus o deu para a vida, foram mutilados, por isso a razão de não se ter mais o grito que clama pela vida dentro do ser. Tudo o que é vida o foi ensinado como sendo morte, tudo o que é morte foi-lhe ensinado como sendo vida, e o ser vive em eterno engano. Prova a morte pensando ter sabor de vida, mas seus sentidos já estão embotados para que perceba tal sabor; prova a prisão como sendo liberdade, pois, suas asas já foram cortadas para não sentir a liberdade de alçar vôos para bem longe; prova o inferno como sendo o céu, e o Diabo como sendo Deus. Como diz um amigo em espírito: prova urina numa garrafa de Balantines pensando ser Wisk (Caio Fábio).
Deus deu tudo para que se tenha vida, e criou a vida para que nela se viva em abundância, pois a Vida e a vida provém Dele.
Nele, em quem sonhos e liberdade jamais serão castrados nem mutilados, pois tudo isso também vem Dele.
sexta-feira, 12 de outubro de 2007
QUANDO OS DA SUA PRÓPRIA CASA NÃO PODEM PARTILHAR DA MESMA FESTA QUE VOCÊ
Venho de uma família cristã que teve sua vida e sua existência ligada à igreja evangélica. Meu pai era presbítero da igreja Metodista, minha mãe também cresceu no meio cristão e sempre se dedicou aos serviços e estilo de vida cristão e eu fui criado e ensinado segundo tudo isso, o que contribuiu para imensas dores nos dias de hoje quando enfim conheci a leveza do Evangelho. Digo "dores" por causa das dores da gestação da Verdade em mim, dores de parto, dores de quem está pra conceber um novo ser, uma nova consciência, não mais segundo as performances assumidas pelo pacote comportamental religioso cristão, mas segundo o Espírito de Cristo que carrega consigo a leveza da Graça e da Verdade.
Os evangélicos sabem que "matar" é errado, que "prostituir" é pecado, e que um monte de coisas, que o intitulado "mundo" que eles tanto dizem a seu respeito, oferecem, de fato não fazem bem para a alma. Sabem que é preciso ser transformado, é preciso arrependimento, mas não conhecem o Espírito de Deus. É Ele quem dá o crescimento daqueles que caminham no caminho da vida, é Ele quem traz o arrependimento para a vida para que se tenha Vida, é Ele quem transforma o ser de glória em glória à semelhança de Cristo de modo que a transformação se faz notar como algo não humano mas divino, pois, se reconhece que tal transformação só pode ser feita no espírito pelo Espírito que é Bondade e Amor, e Perdão. Se conclui tal coisa posto que o homem é mau, e tal feito não poderia ser feito por ele, pois, o que nele há é só morte:
10
Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer.
11
Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus.
12
Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só.
13
A sua garganta é um sepulcro aberto; Com as suas línguas tratam enganosamente; Peçonha de áspides está debaixo de seus lábios;
14
Cuja boca está cheia de maldição e amargura.
15
Os seus pés são ligeiros para derramar sangue.
16
Em seus caminhos há destruição e miséria;
17
E não conheceram o caminho da paz.
18
Não há temor de Deus diante de seus olhos.
19
Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz, aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus.
20
Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado.
Sim, há apenas morte. A morte de achar por sí mesmo "encontrado"; a morte de achar por sí mesmo justificado; a morte de pensar por sí mesmo entendido acerca de Deus; a morte de pensar por sí mesmo conhecer Aquele que é conhecido à quem Ele se dá a conhecer; a morte de dizer por sí mesmo conhecedor do bem e do mal. De fato "não conheceram o caminho da paz".
Os cristãos conhecem a Lei, são conhecedores do pecado mas não da Graça que superabunda a abundância do pecado; não conhecem o Amor que excede a qualquer transgressão humana; eles tem a informação de que há um arrependimento, mas nunca se deixaram embalar nos braços de Deus para que de fato provassem a vida como Vida, e não como negação dela; acreditam na auto-transformação que gera paranóia e neurose que só traz doença, não crêem de fato no Espírito de Deus que transforma quem quer que seja no compasso em que a vida é tocada, sem as pressas dos pragmáticos, sem as neuroses dos religiosos, pois, o Espírito é como o vento que não se sabe de onde vem nem para onde vai, e o trabalho dos religiosos é tentar discernir tudo isso para o qual não fomos chamados, mas quem de fato crê no Evangelho, no Espírito de Deus, não fica preocupado com o "quando", "como", "porque", "pra quê", apenas crê que Ele sabe de todas as coisas. Quem tem essa fé apenas descansa Nele, que transforma todas as coisas em bem para a vida e para a sensatez do ser.
Os cristãos deveriam saber isso, que Deus é Deus e não um coitado que cria e depois não "da conta do recado", como diz as expressões populares. Deveriam saber que foi Ele quem trouxe o "existir" à existência, sendo assim, a vida provém Dele e Ele não tem medo da vida, nem de coisa alguma, não há nada que ele não conheça, não há nada que o surpreenda, não há nada que não esteja sob e sobre suas mãos. Os cristãos deveriam saber que Deus é Amor e que não existe" o "mas", esse "mas" que se desfaz da Graça, que se desfaz da Cruz, que se desfaz de Cristo, esse "mas" é o próprio Diabo, pois, "se é por graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça" (Romanos 11:6a), "mas agora se manifestou sem a lei a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas; Isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que crêem". (Romanos 3: 21-22a).
Sim, o "mas" é resultado do medo que vem pela falta de fé Nele, é a alegação de que Cristo não foi suficiente ao contrário do que eles confessam com os lábios, ainda menos "único". O "mas" que provém da insegurança de quem não descansa na Verdade de que Cristo reconciliou o homem a Deus, e que Nele estão perdoados os pecados sejam quais forem, e quanto ao que Cristo fez na cruz não há o que acrescentar, está consumado, está feito, acabou. O mundo acabou na Cruz de Cristo, na Amor do Pai revelado no Filho. O Juíz e o Advogado se entenderam e a Paz foi estabelecida para sempre de modo que não há nada entre Deus e o homem, nem pecado, nem morte, nem inferno, nem coisa alguma poderá separar seja quem for do Amor do Pai em Cristo Jesus, nosso Senhor e Salvador.
Sim, os cristãos deveriam saber disso, que o "mas" é o medo, e que o medo implica em castigo, mas quem está em Cristo conheceu o Amor e Nele foi lançado fora todo o medo brotando a consciência e a confiança de que Nele não há punição mas Paz e Reconciliação Eterna. Sim, Eterna porque foi estabelecida Nele e isso não depende de nós, é Dele a Salvação dada ao mundo e Nele ela se sustenta, apenas Nele.
Ah! Se os cristãos soubessem disso! Dançariam em Paz e Santidade, cantariam a alegria da Salvação, amariam a vida como um dom dado por Deus, chorariam de felicidade!
Se eles soubessem disso, aí sim, minha casa serviria ao Senhor sem mesmo saber o trabalho que faz, no entanto, hoje, canto e danço, e festejo sozinho.
Eles aprenderam coisas do tipo "certo e errado"! Ah! Se ao invés disso tivesse aprendido a se alegrar e descansar Nele.
Cristãos! Aprendam a alegrar-se Nele, e dancem...
Nele, em quem não estou só, nunca.
HÁ... (2º Parte)
Mas não Nele...
Pois Nele...
Há muita festa sim, e elas acontecem primeiro na alma
e assim o ser canta, dança, festeja em Verdade e Vida
Nele não se despedi os festantes mas convida para a festa até os que não sabem festejar
E no interior flui rios de água viva para a vida e para a festa nos dias da existência seja onde quer que esteja o festante
Nele, as músicas são tocadas de acordo com a melodia da alma
e os sorrisos são aceitos como festas de alegria
as lágrimas são colhidas como angústias do coração
e as canções são tocadas de acordo com a estação do ser
seja inverno ou verão na alma, ou talvez, outono
Nele, não se nega a vida, mas convida, com-vida, para a vida
E nela se faz o caminho que traz a sensatez e o apaziguamento do ser
e a morte é morta, por isso ela não mais amedronta os que estavam sob julgo de escravidão mas traz vida para os lugares onde era sepulcro da alma
Nele a Boa Nova é proclamada como medicina para vida
pois Nele estão reconciliados todos aqueles que estando mortos no pecado reviveram, não por sí mesmos, mas por sua Graça
e agora estão livres de toda a condenação e falso temor de Deus
"Deus está em Paz com o mundo", é a Boa Nova que se faz ouvir
Nele, os dias tem a suavidade e leveza de cada dia, pois, isso basta
e o que passar disso é mera aflição de espírito, o que abate o rosto do homem mas não pode acrescestar uma hora sequer à sua vida
Nele, há descanso para os que estão cansados
Pois os que se dizem descansar por sí mesmos não estão Nele
Mas trabalham incessantemente para sua própria condenação hoje
e a vida acontece sob opressão, mas quem se achega a Ele entra no descanso de Deus, para sempre
Nele, a vida não é a morte mas mortos estão os que negam a vida
Pois, Nele o chamado é esse: A Vida para a vida em abundância
Nele, há liberdade de ser, pois, os que se escravizam separados estão Dele
"Pois foi para a Liberdade que Cristo nos Libertou"
Nele, o proibido é escravizar-se ou ser escravo
Pois Nele fomos feitos filhos, não servos
Nele, os vinhos e delícias são oferecidos para o degustar da vida
E a Paz é o banquete principal
Pois, Nele, temos Paz com Deus onde o Juíz se resolveu com o Advogado
E nós, os réuz, fomos absolvidos, "pois já não há mais condenação para os que estão em Cristo"
Nele, o Amor excede mesmo a todo o entendimento
E todo aquele que se diz entendido do Amor de Deus não entendeu coisa alguma
Apenas vive na presunção de ser o que não se é, e de entender o inteligível
Mas é só pretensão
Nele, o Amor É
Nele, há só Vida para o caminho de qualquer caminhante
Nele, a morte e o inferno já perderam seu poder e foram desmascarados e expostos à vergonha e desprezo eterno
Nele, em quem Vida para a vida é só o que Há.
domingo, 7 de outubro de 2007
HÁ...
Há muita festa para festejar, mas despediram-se os festantes
Há uma música sendo tocada, mas silenciaram o canto da alma e mataram os cantores de coração
Há uma vida para ser desfrutada, mas a negaram e pregaram a morte
Há uma Boa Nova para ser proclamada, mas proclamaram o medo de Deus
Há uma Paz para o dia chamado "Hoje", mas os que estão em Paz diz-se deles loucos,
e o "Hoje" se tornou dia de aflição e pavor
Há o dia do descanso, mas proclamaram o trabalho em justificação própria justamente nesse dia
Há muita vida lá fora, mas criaram o conceito de que a vida é a morte
Há liberdade de ser, mas castraram o desejo de liberdade no ser
Há vinho e delícias, mas expulsaram os que se lambuzam deles
Há salvação em Graça e Paz, mas os que em Graça e Paz se entregaram foram chamados hereges
Há alegria, mas endemonizaram o "dançar", amarraram os pés dos que dançam e os lançaram fora
Há um Deus que é Amor em Verdade, mas o chamaram de Belzebu
Há muita morte!
Mas não Nele.
sexta-feira, 5 de outubro de 2007
... EM PAZ
Procurei motivos que me fizessem chorar
Mas não encontrei lágrimas que pudesse derramar
E os motivos os quais encontrei não me deram senão alegria
Descobri que diante deles estou em Paz
Procurei uma música que me trouxesse a melancolia
Mas não encontrei minha alma disposta à dor
E a melancolia que encontrei não me trouxe outra coisa senão ternura
Descobri que diante dela estou em Paz
Procurei um poema que me trouxesse a nostalgia da saudade
Mas não encontrei em mim o desejo de olhar para trás
E a saudade que não encontrei não me trouxe outra coisa senão a leveza do presente
Descobri que diante dela estou em Paz
Procurei nos olhos de uma garota a vontade de amar
Mas não encontrei no meu ser razão de encontrar do lado de fora o que está do lado de dentro
E o amor que encontrei não trouxe vontade de começar, apenas de continuar amando
Descobri que amo a vida em Paz
Procurei mil razões para chorar um pouco
E a brisa me veio como um sopro de bondade
Trouxe Paz, e me reconciliou à ela quando ainda estava angustiado
Descobri que estou em Paz comigo mesmo, e com Deus
segunda-feira, 1 de outubro de 2007
VOLTE PARA A VIDA
A consciência pagã, pelo contrário, impõe o "viver em Deus" e tornar-se "devoto" Dele. Assumir um estilo de vida perante Ele. Aí começam a ditar o que vestir, o que comer, o que beber, o que pensar, o que ler, o que ouvir, em que ramo trabalhar, os lugares a frequentar, com quem se relacionar, que desejos ter, que sonhos ter, enfim, ditadura divina, irônico isso não!? Tudo que vem desse pensar pagão de "uma vida em devoção a Deus" requer a negação da vida, justamente o contrário daquilo ao qual fomos chamados por Deus. Chamam isso de devoção, viver em adoração, ser de Deus, enfim, são dados vários e vários nomes a essa coisa institucionadora de formas de viver, que na maioria das vezes se baseia em pacotes comportamentais que parece produzir no indivíduo iniciado à seita, ou religião, um tipo de vida que todos olham e aparentemente o sujeito muda mesmo. Ele passa a assumir comportamentos estranhos aos que antes lhe eram seus, agora ele vive e anda segundo o pacote, segundo as regras, segundo a instituída maneira de ser e de viver, e chamam isso de devoção a Deus, chamam isso de "vida com Deus". "Viver em Deus" passa a ser uma vida segundo a lista das regras do que se pode e não fazer. Baseia -se no exteriótipo criado pelo paganismo religioso numa consciência infantil de que Deus está de olho em nós o tempo todo e ai daquele que vacilar. Deus acaba se passando por um ser mais insano do que o próprio ser humano pois sabendo o que se passa no coração do homem se deixa enganar pela aparência ainda que saiba mais do que o próprio enganador que o engano é mais profundo do que ele mesmo o vê e tenta disfarçar; Ele passa a ser mais do que nós, um ser de um sarcasmo indizível olhando lá de cima e esperando que alguém caia para que Ele a pise mais ainda pra dentro do abismo ao qual o caído se enfiou. Deus passa a ser um sádico que cria para a destruição, que dá a vida para a morte, que livra para o sofrimento ainda maior, que ama com todo o ódio, que abençõa com a maldição da Lei, que é bondosamente malígno, enfim, Deus se torna qualquer outra coisa que não Deus mesmo. E isso tudo pela consciência pagã que reina e habita a consciência humana. E todos esses pensamentos acerca desse Deus louco que criaram são silenciados com a cínica pretensão de que a "Palavra de Deus" diz que "a letra mata", isso significando todos que se entregam ao conhecimento seja ele qual for, todos os que se des-alienam do estado insano religioso-cultural-social que corre nas veias humanas, principalmente dos religiosos, e fazem isso com textos e pretextos bíblicos, bem do jeitinho do Diabo quando tentou Jesus. Ao estado de alienação chamo de estado de devoção, esse "viver em Deus" que nada mais é do que "viver segundo os interesses dos que usam o nome de Deus para satisfazerem a sí mesmos".
A instituição religiosa parte de pré-supostos horríveis tais como "ser o lugar onde se encontra Deus". Esse é o ponto de início onde se institui Deus, coloca-o numa garrafa no sentido de contê-lo dentro de um recipiente e partir daí começa os abusos sobre as almas das pessoas, sobre a fé ignorante dos que frequentam seus cultos, esses, apaixonados por Deus, fazem de tudo para agradá-lo, fazem tudo mesmo, se deixam castrar, amestrar, roubar, se deixam destruir e definhhar até aos ossos, tudo isso pensando estar agradando a Deus, quando o que estão fazendo é simplesmente contra o que Deus de fato se agrada, pois, é contra a Cruz que, sem saber, estão vivendo, contra o que Cristo fez, e é aí que o cair da Graça acontece, pois assim separam-se de Cristo. Assim não se prova Cristo como vida mas como morte; não se prova Cristo como salvação mas como condenação; não se prova Cristo como Paz mas como medo; não se prova Cristo como Amor mas como castigo; não se prova Cristo, mas potestades religiosas que dominam e exercem poder sobre as almas humanas, disfarçadas de devoção destroem a vida, roubam a Paz, e instituem o medo, instituem o ídolo com o nome "Deus" em quem não há Graça alguma, apenas condenação, juízo, controle, morte...!
terça-feira, 25 de setembro de 2007
NÃO SE PROVA DEUS DE UMA GARFADA SÓ
Sim, não da mesmo para provar da plenitude de Deus de uma vez só. Não suportaríamos. Dissolveríamos ao nada. Se um pouco de entendimento da Verdade traz dores pelas desconstruções que causam, imaginem conhecer toda a Verdade, o que aconteceria conosco?
Deus é assim. Não dá para provar de uma vez só. Passaríamos mau. Teríamos diarréia existencial. Coma mental, cardíaco, emocional... Deus em excesso faria mal. É por isso que ninguém prova mais do que Ele mesmo se da a revelar. Ninguém suportaria uma dose a mais.
Portanto, não se conhece a Deus por força da carne, mas se prova na simplicidade da vida, de tal maneira que é na vivência diária que vamos o conhecendo, sem correr nenhum risco de provarmos mais Dele do que possamos suportar. Não mesmo! Não adianta livros teológicos, filosóficos; não adianta campanhas, nem correntes, nem vigílias, nem qualquer outro meio de se jogar à presunção de discernir por sí mesmo o indiscernível. Podemos até construir muitas idéias acerca de Deus, mas Deus nunca caberá dentro delas, pois Deus não é uma idéia, um argumento, uma doutrina, um conceito, nada disso. Deus É, e isso basta.
Assim como é inexorável a vivência de um dia por vez sem a possibilidade de acelerar esse processo, assim provar a Deus na vida tem que ser um dia por vez, e que pensar estar provando e acelerando qualquer processo em conhecê-lo é mera aflição de espírito, do qual Cristo nos disse para não andarmos segundo esse espírito de ansiedade, pois, Ele mesmo tem cuidado de nós.
Embora seja, o chocolate, uma delícia, ninguém suportaria tomar 5 litros de uma vez só, outros não tomariam nem 500 mls sem sofrer de efeitos colaterais bem desagradáveis.
Deus é soboroso ao paladar da Vida, e por isso devemos nos alegrar em que Ele sabe o quanto podemos suportar Dele mesmo.
Nele, em quem cada dia é um dia de sabores indizíveis.
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
A VELHA INSEGURANÇA DA SEGURANÇA, E VICE-VERSA
Meu ser constantemente busca estar seguro, pés firmes ao chão, mente equilibrada, nada de euforia nem choros atoa, nada de extremos, esse é meu lugar seguro. Mas segurança é o lugar da insegurança, o lugar de onde não se sai para abraçar o desconhecido. Tenho a impressão de que meus traumas me fazem querer generalizar todas as coisas como se a vida tivesse uma regra cabal, é assim e pronto. O querer estar seguro me diz para não ir muito longe, pode ser perigoso; me diz para procurar entender antes de provar, é mais seguro assim; me leva a pensar sobre a vida pra depois viver, isso seria mais seguro, sim, se a vida fosse um conceito, se o amor tivesse uma definição, e se Deus pudesse ser mapeado. Assim tudo seria seguro, e no mínimo patético.
Patético me torno toda vez que busco os lugares onde não ofereça risco algum na vida. Nada de caminhos que não seja esse que acho que sei que é o verdadeiro, nada de uma vida fora dos padrões dos quais estou acostumado, nada de renovação da mente, e melhor ainda é manter a fé intacta, cosmovisão intacta, nada de coisas novas, é o lugar onde mora a segurança da insegurança.
E é nesse lugar onde caminho num lote de uma casa pensando ser a floresta Amazônica; onde penso estar certo sendo que nunca saí de fato para conhecer o mundo; onde penso ter uma excelente vida sendo que nunca saí para além dos muros que institucionaram minha "vidinha" que adquiriu uma forma ou fôrma, nunca experimentei, de fato, vida. É nesse lugar onde penso saber de um amontoado de coisas quando na verdade não conheço nada.
Li num livro do Rubem Alves que a palavra saber no latim tem o mesmo significado de sabor. E ele nos convida à reflexão de que saber é sabor, e sabor é saber, o que passar disso é mera especulação distante da verdade. Viver é experimentar seus sabores, conhecer a vida é provar de suas delícias (abro um parêntese para excluir todas as interpretaçoes de cunho moral). Quando então se falar do sabor de algo, a propriedade com a qual se fala demonstrará o conhecimento, pois se terá provado o sabor.
Na vida não há segurança alguma, não mesmo!
A familia que hoje é rica, pode empobrecer abruptamente amanhã; o marido que hoje não bebe, pode se tornar um alcóolatra amanhã; a esposa que hoje é fiel, pode abandonar amanhã; a saúde que hoje é implacável como a força de um leão, pode se tornar frágil como a força de um poodle amanhã; a vida que hoje prossegui livre de sombras, pode ter seu fim amanhã. Enfim, não há nada que nos possa dar segurança de coisa alguma.
De fato, não há recompensa para o homem que vive debaixo do Sol senão o beber, comer e se alegrar, essa é a sua recompensa nessa vida que vai contra qulquer sentido que tentemos dar a ela engarrafando-a para que pareça mais segura.
Seguir a simplicidade sem buscar enfado para a alma; fazer o que está em suas mãos com toda a força que puder; não deixar-se enganar pelos loiros da fama, do status. Todas essas coisas trazem canseira à alma e enfado para o corpo, são apenas vaidades, diria Salomão.
Desejo identificar todas as minhas seguranças para simplismente abrir mão de cada uma delas, e ir ao encontro do desconhecido, pois, desconhecido é a vida, o amor, e Deus. Sentir seus sabores é de uma necessidade indizível, para mim ao menos.
Nele, em quem conhecer é provar o seu sabor, pois, não há nada que o comprove como sendo "bom" se de fato não for provado.
MEU AMIGO, ALGUMA COISA ESTÁ MUDANDO
Alguma coisa está mudando meu amigo E não sei bem o que é Mas se lembra quando tudo apenas se repetia Então mudanças já são boas...
-
Certo jovem se apaixonou pela “Princesa de seus sonhos”, era como ele a chamava. E ele a seduziu com a paixão que nele havia. A levou ...
-
O que aqui direi tem a ver com o que uma vez ouvi de alguém muito amigo, "sabendo que o meu próximo é alvo do amor de Deus, não o posso...