terça-feira, 14 de janeiro de 2014

QUE É MEU SÓ SENDO TEU

 

abraco2

 

Sim! Tiras-me o que é teu!

E eu que nem te tenho, egoico te peço

Mas sem querer nada (Que tamanha desgraça!)

Que devolva-te!

Essa estupidez que me assola

Digo-me que essas coisas já são coisas minhas

É melhor não conhecer o amor sem ter certeza de que dele quer encher o teu vazio

Não! Nenhum sábio disse isso, senão um!

Pelo menos apenas um pensou naqueles, no mínimo, sete demônios meus

Que se vão quando chegas e sempre trazem na tua ausência outros sete seus

Se de perdão me alimentasse o teu amor

Setenta vezes sete por dia

Então jamais deixarias essa casa sombria e vazia

E é ai que a incoerência do amor urge e grita

Que me deixas tão livre que me sinto preso

Preso a estes, no mínimo, sete demônios: o tempo e espaço, a angústia, o desespero, a possibilidade da liberdade, o medo, o castigo e o nada.

Se é o amor que liberta

O que mais poderia sentir quando não estás me amando?

Escravo! E o que me prende?

A ideia de que tu tiras essa angústia que sou para dançar

E tu és toda alegria, e outra coisa não podes ser

Devolves-me a mim quando me lembras a mim de mim mesmo

Quando me abraças por inteiro

Todas as minhas partes

Sem de nenhuma delas se escandalizar

Tiras-me de mim quando de mim nada tiras

Quando me convidas todo para a tua alegria

E que quer ser também a minha senão não o seria

Tiras-me de mim quando de mim nada tiras

e me abraças por inteiro cobrindo minhas vergonhas

Não que tenhas poder para perdoar pecados! Não é isso!

É que me olhas com esses olhares

E enxergando-me mantém a graça

Ao meu redor os teus braços

E trazes-te a mim

E oferece-me tuas mãos

Para tocarem as minhas

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