Que vontade de escrever um poema
Mas não tenho ninguém a quem escrever
Nem você que lê, que eu mesmo nem conheço
De repente uma me diz: “Escreva para mim”!
Ah não! Você de novo, o tempo todo
E depois que na minha arte
Fiz você deixar de fazer parte
Fiz qualquer parte, de qualquer coisa,
ser essa parte que te pertencia
Sim! Sei da lição
Dois corpos, um mesmo lugar...
Mas não me interessa a impossibilidade
E se o tempo todo aprendi a me alegrar?
Mesmo como você aí!
Talvez agora mesmo, como num instante
Entendi, talvez a arte do infeliz
De se achar infeliz quando longe da amada se alegra
Porém, que tu nunca esquecestes
Ou afastastes de si
Meu eu, sou eu, sou teu
Só, somente acompanhado
Por si mesmo
E não sei
Tua companhia é presente
Como nada mais o poderá ser
Nenhum comentário:
Postar um comentário