segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

ENTREMENTES EXISTÊNCIA – (parte 2)

Efêmero
“Tudo passa” diriam alguns
Os pessimistas diriam que o pior nunca passa
Os otimistas diriam que tudo está como deve estar, bem
Não gosto de rótulos, não encontro nada que rotule o meu existir
E me diga que deve ser assim ou assado
Diria que tudo passa e torna a ser outra vez
O vazio parece ser eterno mas basta a angústia ou a alegria (não a felicidade)
Para tornar todo o vazio um esquecimento do qual  (me perdoem a redundância)
Não se lembre tê-lo vivido uma vez sequer
No entanto basta a rotina de sucessivos sentimentos intensos
Para torná-lo, o vazio, vívido como se eternamente ele estivesse presente
Talvez ainda mais quando ausente
E então um nada… um espaço de tempo
Um tempo cheio de espaços
Vazio
Perder-se
Não se sabe mais o que é o quê
Nada de leis, nada de regras nem mandamentos
Temer a Deus ainda parece ser o princípio da sabedoria
Uma fumaça desvanescente, um algo visto de longe
Embaçado, obscuro… parece porém não se sabe
Uma possibilidade, uma oportunidade
E o coração vai sentindo que não é por ali
Mas é possível e oportuno que se vá por aí
Mas o coração sabe e nem sei dizer como
Sabe que não me perdi, apenas quero me perder
E porque?
Esses ventos, esses tempos, angústia e vazio
Esse mundo, esse homem do século XXI, essa Era
São poucos os que se encontram, poucos os que se encontraram
E talvez menor seja o número dos que se encontrarão
Sentidos, sentimentos, razão
Amor
Já se sabe que não é um desejo mas um querer
Mas não apenas um querer, uma escolha essencial
Uma essência que vem de longe. E é tão perto!
Talvez seja por isso que pareça tão longe
Nunca vi coisa tão embaçada quanto aquilo que está bem diante dos olhos
O amor, não a dor! A dor é do ego que declina, em vão tenta resistir

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