Alguns chegarão bem perto do fim de suas vidas e descobrirão que o "fim" que procuravam era a própria vida, pois, a vida é o fim para o qual concorrem todas as coisas.
segunda-feira, 7 de julho de 2008
LIBERDADE SEM REVERÊNCIA
O que aqui direi tem a ver com o que uma vez ouvi de alguém muito amigo, "sabendo que o meu próximo é alvo do amor de Deus, não o posso tratar de qualquer maneira", e também com o que ouvi há pouco sobre "liberdade e reverência", e que aqui faço um louvor à essa "reverência ao próximo", pois, encontrei em minha alma também a indisposição de tratar meu próximo como algo destituído de significado.
Porque escrevo isso?
Porque é isso o que tenho ouvido e visto. O "outro" sendo alvo de caprichos des-humanos, onde o ego-ísmo que por ser "ísmo" indica que tudo tem um fim no "ser" que assim age, e que todo bem ainda que faça mal ao próximo seja convergido nesse "ser" egoísta. Assim, a lei disso tudo é: Viva eu, morra o próximo.
Quanto tenho visto o ser humano se tranformando em válvula de escape do "outro", alvo de irresoluções caprichosas e egoístas; Como tenho visto os modos de tratar de um para com o outro de tal maneira que o primeiro para se "sair bem" des-significa o outro sem ao menos se interessar com a seriedade disso. É semelhante à cadeia alimentar selvagem, de modo que dependendo da minha fome de "sobrevivência" eu "engulo" o meu próximo afim de destruí-lo e também de apropriar-me daquilo em que sendo dele é de interesse também meu.
Tenho visto que pra mim é impossível considerar o meu próximo um "nada", alguém a quem posso agir como queira sem me importar com as implicações do que faço para com quem faço. De fato, sinto-me incapaz para isso, desapropriado de tal des-consideração. Impossível é para mim tratar meu próximo segundo os meus interesses egoístas, e ainda depois disso olhar nos olhos dele(a) como se nada tivesse acontecido. Para mim isso é de extrema impossibilidade.
Embora tenho visto que para muitos não é assim.
A des-significância que um "amigo" tem para o outro quando esse "outro" começa a ser uma "ameaça" aos interesses do primeiro, ou ainda, esse "outro" começa a ser visto como alguém na disputa pela "sobrevivência" de modo que o "outro" é visto como alguém que se alimenta agora do que antes era a "presa" do primeiro. A des-significância de um homem para com uma mulher e vice-versa. No desejo de se satisfazer sexualmente, emocionalmente, psicológicamente, o "outro" passa a ser um objeto da qual eu me aproprio para meu bel-prazer e mais tarde me desfaço dele posto estar já satisfeito. Como vejo "apostas" acontecendo inconscientemente, sem acordos, mas que são apostas posto que um ou outro querem se sentir "vencedor" da disputa não combinada, mas que combinada já está no interior de quem assim se sente impelido a "ser" mesmo que isso signifique "des-fazer" do suposto adversário. Quanta falta de amor.
Sim. Excesso de liberdade sem reverência. Liberdade em função de mim mesmo. Liberdade para ser, ainda que provoque a des-significação do próximo.
Eu aqui me desfaço dessas idiotices des-humanas. Não tenho acordos a fazer com esse espirito que segue o fluxo desse mundo que habita esses seres que vivem à favor de sí mesmos, para o pecado, por meio do pecado, à favor do pecado. Desses que se dizem livres, mas escravizados estão pelo pecado que os habita, de maneira que dominar suas pulsões egoístas está fora de congitação posto que isso o impede de "ser ele(a) mesmo".
Eu fico com o Evangelho em que cada um é um milagre divino, é um deus diante da beleza e complexidade que em mim causa perplexidade e estupefação. Eu fico com Jesus que amou o mundo e por ele se entregou; fico com Paulo que considerou prazer estar na terra pelos que ainda viviam ainda que para ele fosse lucro morrer. Eu fico com Deus que é amor, e fora dele tudo é nada.
O meu próximo está sujeto à reverência que por ele me habitou quando a consciência do Evangelho me possuiu, e em ainda me possuindo não posso praticar tais coisas egoístas como sendo irrelevantes para mim. Não. Não dá mesmo.
Desejos egoístas nascem à todo momento dentro de mim, cabe a mim saber quem sou e o que o próximo é para mim.
Nele, em quem cada alma vale mais que o mundo inteiro.
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Um comentário:
Olá! eu estava aqui passeando pelo teu blog e resolvi comentar só para marcar presença mesmo...eu vi que ali na sua lista de sites tem o Ricardo Gondim, eu gosto muito das pregações dele, meu pai tb!!!
Seu blog está muito bom, muito mesmo!
Beijo!
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