"E a vida segue seu curso
Célere... Efêmera... fugaz!
Como agarrar-se a ela?
Amanhece, ela surge, um vulto
No entardecer ela escorre, se vai.
Passa, corre, quem há de detê-la?
Ah, vida... essa estranha voraz
Nunca se farta, não se cansa
E se não há como medi-la
Se não se pode alcança-la
Dominá-la, contê-la
Se é inexoravelmente débil
Que fazer dessa sina?
Que mais poderia preencher suas sendas?
Senão o amor, que mais lhe seria dado por ensejo?
Amor sereno... brando... perene...
Que à vida não se atrela, visto que lhe transcende
A ela basta, lhe satisfaz
Amor... único capaz de tornar contínua
Aquela que é tão transitória
Ah... o amor... o leito do corrente rio da vida!"
Alguns chegarão bem perto do fim de suas vidas e descobrirão que o "fim" que procuravam era a própria vida, pois, a vida é o fim para o qual concorrem todas as coisas.
quarta-feira, 12 de junho de 2013
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sábado, 1 de junho de 2013
ATEU?
Fé é crer n'Aquele que enviou a Cristo. Ateísmo não sei o que é.
O "ateu" para mim é um ser humano dependente da Graça de Deus assim como eu, e tem a chance de por meio daquilo que Cristo diz, ou nos textos bíblicos ou no coração, viver dias de Paz. O Evangelho, muito diferente do Cristianismo, traz a "salvação" para Hoje e não para um pós-morte. Assim, se Deus NÃO é experimentado Hoje como alimento para a vida, pão para se alimentar, vinho para se alegrar no dia chamado Hoje, então as penas existenciais de Hoje vencerão aquele que crê numa salvação apenas pós-vida, como se fosse só lá, depois dos portões celestiais que se vive em Paz, ou ainda daquele que não creu em Deus, n'Aquele que só Cristo pode revelar ao coração humano, Aquele do qual posso até tecer longos discursos sobre quem Ele É, porém, que estarei dizendo do que Ele É para mim e em mim, mas isso jamais terá valor capital e visceral para quem ouve, a não ser se em minha mensagem houver aquele "Vem e vê" e o indivíduo ouvinte for ele mesmo, sozinho, em direção a Ele (Cristo). "Saber é sabor", só se sabe Deus conhecendo-O, saboreando-O numa relação individual com Ele, sem as mediações dos "sacerdotes" sejam esses os amigos, namorados, noivos, cônjuges ou pastores, bispos e líderes religiosos. Não se prova a existência de Deus, de forma nenhuma, nem pelos meus atos, assim se digo que pelos meus atos Deus pode ser evidenciado então já não faz sentido dizer que Ele não pode ser provado como evidência na existência já que apareceu uma prova, os atos dos que creem. Não! De fato, não! Nem Jesus pelos seus atos provou a existência de Deus. Se João Batista pôde ouvir aquele "Creia pelo menos pelas obras, os mancos estão sendo curados, os cegos veem, os paralíticos se levantam", ai, se João Batista não pudesse ouvir que essas coisas podem ser imitadas pelo próprio Diabo pois ele também pode oferecer esse "reino dos céus" feito de visibilidades e suntuosidades. O absurdo da Fé é que ela não tem SINAIS, não é CONHECIMENTO INTELECTUAL, não é algo que se reconheça no âmbito do finito e transitório.
A Fé exige que ela seja o que É, Fé somente. E O justo viverá de Fé em Fé.
Citando de longe Dostoievski, se Jesus quisesse uma multidão o seguindo Ele o teria conseguido, teria no deserto transformado pedras em pães e então alimentado toda a multidão, pois a multidão segue qualquer um que ofereça "pão" a ela, ela O seguiria pelo "pão", pelo milagre. A multidão quer o milagre, o milagre é válido para que sigam a Deus, mas nem isso Cristo sustentou no mistério da Fé que o Evangelho revela! Não! Nem ao menos para ele se jogar do Pináculo do templo e conclamar os anjos para O salvar e assim tornar isso visível a todos para que cressem que Ele era de fato Deus, isso Ele não o fez, manteve a Fé onde ela exige de si mesma que esteja: no crer. Cristo negou que O seguissem pelo milagre, e deixou aos homens o mais difícil das tarefas: segui-lo por amor. Ele, Cristo, ainda poderia ter tomado o reino do mundo por assalto, governado com Paz e esplendor dignos de uma divindade vitoriosa e poderosa em si mesma, de modo que também fosse esplendor para os homens, porém, Deus não o fez, negou também tomar para si o reino. Se tomasse o governo do mundo e fizesse tudo caminhar à perfeição então teria todos os homens como seguidores, porém, que ofereceu um reino tomado por consciência. Ah! "Consciência" o pior dos fantasmas da mente humana. Deus negou aos humanos também o reino feito de perfeições visíveis ou sensoriais. Jesus negou tudo isso a todos. Pelo "pão" teria todos os homens e a humanidade como seguidores; pela salvação política e social o teriam conclamado "Rei"; pelo milagre teria todos ao seu redor o conclamando “Deus”. Cristo porém negou-os tudo isso e quis somente que os homens o seguisse por amor, consciência, e fé. O fato é que Jesus exigiu demais dos seres humanos. Então veio a igreja, e a igreja ofereceu o "pão", o "milagre", o "reino" onde se come "o melhor dessa terra". A igreja negou Cristo e tomou as carências do homem para si, e assim esse homens se tornaram presas fáceis para elas.
Assim, a Fé é ISSO! Não há um sinal sequer! Quem a vive sabe de si mesmo para com Deus, e Deus o reconhece como Seu! E não se enganem, o Evangelho é ruptura que acontece no "eu" quando ele (o "eu") se coloca em Deus como Aquele que é a síntese do humano. Ruptura essa que divide existências entre homens e homens. Porém, que vivem todos no mesmo ambiente, e o Evangelho não tira ninguém desse ambiente, do lugar geográfico, mas livra do ambiente existencial de um "eu" posto fora de Deus e assim largado aos ademanes da angústia e do desespero. Não se enganem, o Evangelho é ruptura entre os que "passaram da morte para a vida" e os que, em não crendo, permanecem mortos. Ele é ruptura entre quem vive em Deus e para Deus e aquele que vive em si mesmo e para si mesmo. Ele é ruptura entre aquele que vive o Hoje "como se não houvesse amanhã", que é a fobia da morte, e aquele que já passou do temporal para a eternidade. JÁ passou porque vive nela agora, nesse mundo aqui mesmo. Não espera que os portões celestiais sejam abertos, porque já entrou por ele.
Fé não é uma conclusão absoluta alcançada por meio das relativizações intelectuais evidentemente perceptíveis embasadas numa lógica dissimuladamente indestrutível, não, o nome disso é desespero; a Fé, porém é um ponto absoluto de onde se relativiza toda a existência e torna Deus O mais perceptível e inegável Autor de toda a Vida.
"Quem não tem pecado pode mostrar a alma nua e crua", e foi isso que Cristo fez, faz, e continua fazendo, retira o pecado do indivíduo, o “pecado” é não se achar, perante Deus, perdoado. É esse o Evangelho. Você está liberado para ter a consciência de que se está "pelado" diante de Deus, flagrante o tempo todo, e ACEITO, em Cristo, pois toda a lista de DÍVIDA que era contra a gente foi rasgada e pendurada na Cruz com o inscrito: Está Pago! Está Consumado! Está feito! Acabou!
Vá! Volte para os seus e ame-os, sabendo-se livre por Ele, sabendo-se ACEITO por Ele, HOJE, AGORA.
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