quinta-feira, 22 de novembro de 2012

PAIXÃO E ALGUMAS DIALÉTICAS; E TAMBÉM PERDAS.




Certo jovem se apaixonou pela “Princesa de seus sonhos”, era como ele a chamava. E ele a seduziu com a paixão que nele havia. A levou aos lugares onde se encontram apenas os que se apaixonam: Às juras de amor. Prometeu-a alegria e felicidade, e também filhos; desse modo caminhou na esperança de cumprir tudo o que a havia jurado. Trabalhou arduamente. Com dificuldades construiu sua casa, exatamente como ele sabia que era o gosto dela. A paixão do jovem determinou seu modo de caminhar. Caminhava absorto como que se estivesse num sonho incomunicável. Alguns o reputavam “louco”, outros apenas “apaixonado”. Ele não sabia o que era isso ou aquilo, apenas fazia seu caminho, na direção do seu amor, movido pela sua paixão. Casou-se com a “Princesa de seus sonhos”, deu a ela uma simples e aconchegante casa, e também deu a ela filhos. E se amaram por uma vida inteira sem perder o movimento da paixão que determinava seu caminhar.

Certo jovem se apaixonou pela “Princesa de seus sonhos”, era como ele a chamava. E ele a seduziu com a paixão que nele havia. A levou àqueles lugares onde só os apaixonados podem chegar: Às juras de amor. Prometeu-a paixão, alegria, filhos. Seus olhos estavam cheios de vida, e se enchiam mais ao olhar para ela. Os olhos dela, porém estavam cheios de vazio, e vez ou outra pareciam marejar. “Eu não posso ficar!” disse sua amada, “Tenho negócios a resolver, e a vida, tu o sabes, não permite entregar-me aos anseios de uma paixão”. O jovem enegreceu seus pensamentos. Construiu solitariamente uma casa para si. Mas não tinha gosto em nenhum daqueles tijolos, nem em toda aquela construção. Às noites saia solitário, coração doído e uma andar sôfrego. Desistiu do amor. Acreditou que ninguém o entenderia. Viveu silenciosamente todos os dias de sua vida. Bebeu bastante, leu alguns livros para fazê-lo companhia, saiu algumas vezes sem poder negar a solidão. Assim morreu após ter vagado perdido e sem esperança, por ter sido-lhe negado os deleites de se viver junto à sua amada todos os dias de sua vida.

Um jovem se apaixonou pela “Princesa de sua vida”, era assim como a chamava. Seduziu-a com a paixão que nele havia. Ela se apaixonou por ele, e assim foram levados aos lugares que só os apaixonados vão: Às juras de amor. Construíram para si, em pensamentos, casas, alegrias, filhos. Amavam-se juntos, e juntos se amavam. Um anjo dos céus então o visitou e disse a ele: “Meu jovem! A notícia que trago é de muita dor para mim! Três vezes refleti e me exercitei em compreender essa missão. Olhava para os meus companheiros mensageiros e os olhares deles para mim eram de compaixão e incompreensão. Meu jovem, a sua amada lhe será tirada em muito pouco tempo, em exatos 29 dias”, e não pode mais falar, pois o olhar do jovem o esmagou pela falta de expressão que deles brotaram, o anjo não o pode compreender. O amante não construiu casa, esquivava-se sofrido todas as vezes que ela falava dos filhos e da alegria da casa dos então amantes. Ele viveu poucos dias com ela, dias sombrios de uma dor incomunicável. Perdeu-a dentro dele muito antes dela partir, na verdade, exatamente aquele anjo tirou-lhe dele o brilho dos olhos. Viveu sem nada, nada construiu, fez poucos amigos, não foi a muitos lugares. Enterrou a vida por não compreender a morte.

Um jovem se apaixonou pela “Princesa de seus sonhos”, era assim como ele, apaixonadamente, a chamava. Seduziu-a com a paixão que nele havia, e o brilho dos olhos dele quando olhava para ela a encantou. Prometeu-a alegria e felicidade, e também filhos. No entanto, ela disse que partiria para uma terra longínqua sem data para voltar. Ele naquela hora soube que deveria guardar sua paixão, talvez em algum livro de contos inacabados. Viveu com ela alguns dias antes de sua partida, e aqueles dias já não foram como os primeiros: seus olhos já não brilhavam mais.

MEU AMIGO, ALGUMA COISA ESTÁ MUDANDO

Alguma coisa está mudando meu amigo E não sei bem o que é Mas se lembra quando tudo apenas se repetia Então mudanças já são boas...