
Quando os ventos não mais soprarem
E as aves dos céus abandonarem o seu vôo
Por lhes faltar a calma do vento sob as asas
Estarei aqui, ainda sob o soprar de uma suave brisa
Quando as praças ficarem vazias
E as folhas secas das árvores invadirem
O lugar por onde andavam seus pés
Estarei aqui, ainda sob o soprar de uma suave brisa
Quando os tetos se desfizerem
E a tempestade desaguar em furor
E as águas armarem poças por onde essentavas
Estarei aqui, ainda sob o soprar de uma suave brisa
Quando os sons se calarem
E tudo silenciar meus gritos
E onde havia a sua voz não houver nem mesmo um sussuro
Estarei aqui, ainda sob o soprar de uma suave brisa
Quando eu esperar o amanhã
E o hoje não me der outra saída
E nele sentir que o tempo não passa
Estarei aqui, ainda sob o soprar de uma suave brisa
Quando essa brisa se acabar
E não restar mais nada então
Que me possa manter aqui
Então irei, pela brisa que se foi
Um comentário:
muito bom sentir novamente o 'sabor' da brisa em teus versos, mano
se temos que padecer tristezas, que ao menos sirvam para produzirmos tão belas palavras
abraço nostálgico
^^
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