
Sim, não da mesmo para provar da plenitude de Deus de uma vez só. Não suportaríamos. Dissolveríamos ao nada. Se um pouco de entendimento da Verdade traz dores pelas desconstruções que causam, imaginem conhecer toda a Verdade, o que aconteceria conosco?
Deus é assim. Não dá para provar de uma vez só. Passaríamos mau. Teríamos diarréia existencial. Coma mental, cardíaco, emocional... Deus em excesso faria mal. É por isso que ninguém prova mais do que Ele mesmo se da a revelar. Ninguém suportaria uma dose a mais.
Portanto, não se conhece a Deus por força da carne, mas se prova na simplicidade da vida, de tal maneira que é na vivência diária que vamos o conhecendo, sem correr nenhum risco de provarmos mais Dele do que possamos suportar. Não mesmo! Não adianta livros teológicos, filosóficos; não adianta campanhas, nem correntes, nem vigílias, nem qualquer outro meio de se jogar à presunção de discernir por sí mesmo o indiscernível. Podemos até construir muitas idéias acerca de Deus, mas Deus nunca caberá dentro delas, pois Deus não é uma idéia, um argumento, uma doutrina, um conceito, nada disso. Deus É, e isso basta.
Assim como é inexorável a vivência de um dia por vez sem a possibilidade de acelerar esse processo, assim provar a Deus na vida tem que ser um dia por vez, e que pensar estar provando e acelerando qualquer processo em conhecê-lo é mera aflição de espírito, do qual Cristo nos disse para não andarmos segundo esse espírito de ansiedade, pois, Ele mesmo tem cuidado de nós.
Embora seja, o chocolate, uma delícia, ninguém suportaria tomar 5 litros de uma vez só, outros não tomariam nem 500 mls sem sofrer de efeitos colaterais bem desagradáveis.
Deus é soboroso ao paladar da Vida, e por isso devemos nos alegrar em que Ele sabe o quanto podemos suportar Dele mesmo.
Nele, em quem cada dia é um dia de sabores indizíveis.